Thursday, May 10, 2007

Embolou na virada



Há toda uma farsa nessa história da virada que não é assim tão difícil de entender.
Existe motivação política em cada ato de um... político.

A partir daí temos que: uma cidade onde o acesso ao transporte público só ocorre num evento como a Virada Cultural, ou seja, o acesso ao centro para os bairros periféricos existe de forma plena só no dia de festa.

Isso é controle político, segregação, controle social. Em qualquer capital européia temos o transporte público possível para todos 24h nos finais de semana, que é quando supostamente as pessoas saem pra se divertir.

Em São Paulo é diferente: a prefeitura coloca os buzão pra rodar e o metrô pra funcionar apenas duas noites no ano, as noites da Virada Cultural. Fora a balada, que realmente é boa, não dá pra não perceber que a quebradeira no show do Racionais se instalou porque a população, que mora na perifa, em sua maioria, tá pouco si fudendo pro centro e pro processo picareta de revitalização que a pref. quer fazer a gente engolir.

O acesso irrestrito do transporte público não é liberado porque a máquina do estado morre de medo das consequências que isso poderia causar. E é pra ficar com medo mesmo, porque acho que o pau ia comer muito mais do que agora.

Se o show fosse nos bairros onde a galera mora, duvido que a quebradeira ia correr solta (duvido tbm que a PM estivesse lá em massa). A cidade não pertence ao povo. O tranporte público é apenas uma das facetas que evidenciam isso.

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